HMC alerta a população sobre casos de Dengue, Zika e Chikungunya

De acordo com a divulgação mais recente do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o terceiro estado brasileiro com maior registro de casos prováveis de dengue. Situação que ilustra bem o clima de alerta vivenciado pela população do Vale do Aço nas últimas semanas. Em Ipatinga, o Hospital Márcio Cunha, notificou somente nos primeiros 24 dias do ano, 364 casos da doença. O número é 18 vezes maior do que o registrado em janeiro do ano passado, quando foram diagnosticados apenas 20 pacientes.

Frente à epidemia do vírus da dengue no país, e também do Zika e da febre Chikungunya, todos transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti, o alerta da instituição para a população é combater o inseto, evitando os focos de água parada para sua reprodução. Outra recomendação importante, principalmente para as mulheres grávidas, é o uso diário de repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com as orientações dos fabricantes. Além disso, o HMC alerta para ficar de olho nos sintomas das doenças. Os principais são febre, dores de cabeça, dores atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, além de um desânimo acentuado que compromete o estado geral do infectado. Na dengue, além desses sintomas, a partir do terceiro ou quarto dia, ocorre o surgimento de manchas avermelhadas na pele e alterações na sensibilidade do paladar.

Já com a Febre Chikungunya, a intensidade dos efeitos é diferente. Dores nas articulações e no punho são frequentes e mais fortes, podendo atingir as mãos, joelhos e tornozelos, por até vários meses. O Zika vírus desenvolve uma dor de cabeça discreta, conjuntivite e dores articulares. Além disso, nos primeiros dias surgem as lesões cutâneas causando vermelhidão e coceira intensa pelo corpo, o que ocorre geralmente em metade dos casos das outras duas doenças.

Segundo o médico infectologista do Hospital Márcio Cunha, Dr. Aloísio Benvindo de Paula, com exceção da problemática da microcefalia, o Zika vírus é aparentemente o mais brando entre os três. O diagnóstico é primariamente clínico, sendo fundamental a percepção do paciente para identificação da doença. “Inicialmente ele contará ao médico o que está sentindo e desde quando iniciou esses sintomas. Com isso, é possível identificar se há algum fenômeno hemorrágico (sangue pelo nariz ou pela gengiva ao escovar o dente), ou se existe alguma mancha na pele”, conta o médico.

Caso o profissional suspeite de dengue, Chikungunya ou Zika, é feita a prova do laço, um procedimento feito com o aparelho de pressão para verificar se o paciente possui alteração na coagulação sanguínea. Se o teste do laço for positivo, é necessário realizar diariamente, até o sétimo dia após a identificação, a contagem de plaquetas e o hemograma completo. Só assim, é possível verificar se a pessoa não está perdendo sangue diariamente.

Como é o tratamento?

Baseado na ingestão de líquidos em maior quantidade e medicação feita por analgésicos, o tratamento dessas doenças é apenas sintomático. Ou seja, ele alivia os sintomas, mas não age diretamente na causa. Para o bem-estar do paciente, não se deve utilizar anti-inflamatórios durante o período do tratamento, pois esse tipo de medicamento pode causar efeitos colaterais, como sangramento e gastrite.

Para as grávidas, o procedimento é o mesmo, porém existe uma orientação do Ministério da Saúde a respeito da microcefalia. “É válido ressaltar que apenas uma margem pequena das gestantes que têm a virose irá desenvolver a microcefalia. Ou seja, embora tenha esse aumento brusco dos casos em território nacional, não é toda gestante que pegar Zika que terá filho com microcefalia” afirma o Dr. Aloísio Benvindo.

No Hospital Márcio Cunha, atualmente, é realizada a coleta de sangue em gestantes e recém-nascidos infectados pelo Zika Vírus. Esse sangue é enviado aos laboratórios de referência do governo, para serem usados em pesquisas de controle epidemiológico da Saúde Pública, realizadas pelo Ministério da Saúde.

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