HMC realiza Simpósio para debater sobre doença renal crônica

Lenta, silenciosa e perigosa. A evolução da doença renal crônica, muitas vezes, imperceptível aos próprios pacientes, é algo extremamente prejudicial à saúde de quem possui essa patologia. Em seu estágio mais avançado, o mau funcionamento dos rins compromete a qualidade de vida, leva o paciente ao tratamento contínuo de hemodiálise, e ainda pode gerar impactos sobre outros órgãos e partes do organismo, como o sistema osteomuscular.

FSFX_doenca-renal_emailÉ para tratar dessa comorbidade que acomete a muitos pacientes com insuficiência renal crônica que o Hospital Márcio Cunha (HMC) – o centro de referência em nefrologia no Leste de Minas – reunirá nesta quarta, 23, em Ipatinga, médicos especialistas de toda a região e profissionais de diversas áreas da saúde para o Simpósio de Doença Ósseo Mineral na Insuficiência Renal Crônica. O evento, que traz como tema “Atualização do Tratamento Hiperparatireodismo Secundário”, acontecerá às 19 horas, no auditório do hospital. As inscrições são gratuitas, abertas para profissionais da instituição e de fora, e poderão ser realizadas no próprio encontro no auditório.

O Simpósio terá a presença do médico e professor Aluízio Barbosa de Carvalho, doutor em nefrologia pela Universidade de São Paulo (USP) e nefrologista coordenador de um setor específico do Hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sobre Distúrbio mineral e ósseo da doença renal crônica. “É um médico renomado, com grande experiência nessa área e que acrescentará muito ao trabalho científico progressivo que desenvolvemos no Hospital Márcio Cunha, abordando vários segmentos específicos da doença renal”, explica o médico Carlos Alberto Calazans, coordenador do Centro de Terapia Renal Substitutiva do HMC.

Impacto à saúde

No organismo humano, existe uma glândula chamada paratireoide. É ela a responsável por liberar o hormônio que ajuda a controlar o metabolismo do cálcio e do fósforo em nossos sistemas. Quando o paciente desenvolve a insuficiência renal e caminha para a fase avançada da doença, esse hormônio vai perdendo progressivamente a capacidade de atuar sobre os rins.

“A consequência é que essa substância, chamada de paratormônio, começa a retirar cálcio dos ossos, levando a um enfraquecimento ósseo progressivo, com deformidades nas mãos e na face, nas fases mais avançadas, e até à fraturas ósseas por conta da carência de cálcio nos ossos. Isso traz um impacto muito negativo na qualidade de vida do paciente e na própria sobrevida, porque isso também tem repercussões cardiovasculares importantes”, esclarece Calazans.

É por isso mesmo que o Centro de Terapia Renal Substitutiva do Hospital Márcio Cunha evolui ano a ano em seus trabalhos de estudo e pesquisa. Alguns dos resultados estão na revalidação de protocolos de tratamento da doença e na incorporação de recursos terapêuticos que garantem agilidade ao tratamento e dispensa, em muitos casos, a necessidade de cirurgia nos pacientes. É a chamada paratireoidectomia química. Do consultório para os encontros, como os simpósios, a proposta do HMC é ampliar as discussões sobre esses fatores e comorbidades na doença renal crônica, já pensando para 2017 em novos debates sobre anemia, doença cardiovascular, entre outros, aumentando as perspectivas de salvar mais vidas com qualidade de vida.

 

Postagens Relacionadas

Rolar para cima
Pular para o conteúdo