Desde que se tornou referência como Centro Transplantador do Leste de Minas, o número de transplantes do HMC quadruplicou
Médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, entre outros profissionais da saúde que atuam em diversos hospitais do Leste de Minas estarão presentes nesta sexta-feira, às 19 horas, no auditório do Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, para o III Simpósio de Transplante Renal do HMC. Com foco nos avanços empreendidos nessa área e nas comemorações da marca de 400 transplantes realizados pelo HMC alcançada em 2016 o evento valoriza a consolidação do serviço na região.
Para isso, a programação inclui a apresentação de resultados da Unidade de Transplante Renal do HMC; a contextualização sobre serviço em Minas Gerais atualmente; e contará ainda com a presença do Dr. Leon Soares Júnior, médico nefrologista do Hospital Bandeirantes, de São Paulo, que abordará a História evolutiva do Transplante Renal e Imunossupressão.
Único centro de transplantes da Regional Leste do estado, o Hospital Márcio Cunha assume uma posição de vanguarda hoje, por estar equiparado aos grandes centros transplantadores de Minas e do Brasil, tanto em termos de qualificação técnico-científica dos profissionais quanto de investimentos em novas tecnologias e da realização de pesquisas na área, ressalta o Dr. Carlos Alberto Calazans, gerente do Centro de Terapia Renal Substitutiva e Coordenador do Serviço de Transplantes do HMC.
Além de contribuir para longevidade e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, o papel de destaque nacional do hospital em transplantes renais pode ser evidenciado também em números. Já são 413 transplantes realizados até hoje, sendo 313 na última década 30 no primeiro semestre deste ano. Entre os indicadores de qualidade, a taxa de sobrevida dos pacientes transplantados no primeiro ano é de 95,4% e, no segundo, de 89,7%, comparáveis a dos melhores hospitais do país e do mundo.
Crescimento ao longo dos anos
A evolução do Hospital Márcio Cunha na área de Nefrologia transformou a instituição em referência para mais de 800 mil habitantes nas últimas décadas. Principalmente após a descentralização do serviço de hemodiálise pelo Governo do Estado, que trouxe alívio para pacientes do Vale do Aço, que até então precisavam se deslocar até Belo Horizonte para realizar o tratamento hemodialítico.
Investimentos da Fundação São Francisco Xavier, entidade que administra o hospital, na expansão da infraestrutura e na capacitação de uma equipe multidisciplinar credenciaram o Márcio Cunha junto ao Ministério da Saúde como centro credenciado para captação de rins, em 1987, e transplantes renais, em 1992, ano da realização no primeiro paciente. Na década seguinte, com a inauguração do Centro de Terapia Renal Substitutiva e, em 2006, com a referencialização do hospital pelo SUS como Centro Transplantador da Regional Leste, o Hospital Márcio Cunha tornou-se referência em transplantes renais para pacientes de Vale do Aço, Caratinga, Manhuaçu, Governador Valadares, Teófilo Otoni e Itaobim.
Hoje, visualizamos o resultado desses investimentos e do incremento nos serviços em números expressivos. Se de 1992 a 2006 foram realizados 100 transplantes renais, a partir de 2007 até os dias atuais, nós conseguimos quadruplicar esse número, resume o Dr. Mauro Oscar Souza Lima, superintendente Geral de Hospitais da FSFX.