O Hospital Márcio Cunha abre 2015 com os novos ares de uma especialidade que promete aumentar as esperanças de tratamento para uma série de doenças. Trata-se da Medicina Hiperbárica, um método terapêutico que acelera o processo de cura dos pacientes por meio do aumento da concentração de oxigênio em circulação na corrente sanguínea e nos tecidos periféricos em até 20 vezes. Para isso, a instituição investiu na contratação de profissionais especializados e na compra de uma câmara hiperbárica, um grande equipamento em formato cilíndrico, fechado e resistente à pressão, que pode ser pressurizado com ar comprimido enquanto o paciente respira oxigênio por meio de máscara facial, no qual podem ser acomodados até três pacientes simultaneamente.
Disponível desde o dia 05 de janeiro para beneficiários da Usisaúde e de diversos convênios, o tratamento acontece a partir da inalação de oxigênio, numa pressão duas vezes e meia maior que a atmosférica. O paciente fica em repouso no interior da câmara hiperbárica e respirando com o auxílio de uma máscara, enquanto o oxigênio em grande quantidade vai se dissolvendo no sangue até chegar a locais menos oxigenados do organismo, como as feridas.
As indicações mais frequentes para esse tratamento são as feridas causadas por diabetes, úlceras venosas, queimaduras térmicas e elétricas, feridas traumáticas por consequência de acidentes de carro e complicações pós-cirúrgicas, explica a médica otorrinolaringologista e hiperbarista Layla Mendes Faria Morais, a mais nova integrante do Corpo Clínico do Hospital Márcio Cunha.
Por ser um tratamento complementar, empregado juntamente com intervenções cirúrgicas, antibióticos, suporte nutricional e curativos, a Medicina Hiperbárica pode ser indicada por médicos de quaisquer especialidades, solicitando uma avaliação para verificar se o paciente possui ou não indicação ao tratamento. De segunda a sexta, pacientes recomendáveis para o procedimento podem passar por até cinco sessões de duas horas cada, por semana.
O tratamento com a câmera hiperbárica é capaz de acelerar o processo de cura, reduzindo tempo de internação, custos com medicamentos, números de procedimentos cirúrgicos e até mesmo de amputações, como acontece em pacientes portadores do chamado pé diabético. É para isso que o Hospital Márcio Cunha está investindo em mais essa especialidade, para proporcionar um melhor tratamento e qualidade de vida aos pacientes, resume o superintendente do HMC, Mauro Oscar Souza Lima.