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Álcool e drogas: os impactos invisíveis e como preveni-los

O Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo e às Drogas, celebrado em 20 de fevereiro, é uma data para reforçar os impactos do consumo de substâncias psicoativas na saúde física, mental e social. Como forma de alertar a população, o médico infectologista e clínico médico da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Dr. Márcio Rodrigues de Castro, traz algumas informações relevantes sobre o uso dessas substâncias.

O consumo de álcool e drogas continua sendo um dos principais desafios enfrentados pela sociedade, afetando a saúde pública, a segurança e o bem-estar de milhões de pessoas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso abusivo dessas substâncias está diretamente ligado a uma série de problemas, incluindo doenças crônicas, transtornos mentais e impactos na vida social e profissional dos indivíduos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o álcool é responsável por cerca de 3,5 milhões de mortes anuais no mundo, enquanto o consumo de drogas ilícitas atinge milhões de brasileiros, comprometendo a qualidade de vida e aumentando os índices de violência e criminalidade.

Dr. Márcio Rodrigues de Castro explica que todas as substâncias psicoativas, sejam lícitas ou ilícitas, podem causar danos severos ao organismo. “Desde o uso descontrolado de medicamentos para dormir e para a ansiedade, passando pelo álcool, cigarro e drogas ilícitas, como a maconha, a cocaína e o crack, até mesmo os hormônios anabolizantes, como a testosterona, todas essas substâncias possuem efeito psicoativo e podem gerar lesões orgânicas em órgãos como fígado, pulmão e cérebro, além de aumentar o risco de câncer, doenças psiquiátricas e alterações comportamentais”, explica o médico.

Além disso, o profissional reforça que o consumo abusivo dessas substâncias pode levar à dependência química, um dos principais fatores de exclusão social e problemas familiares. “Essas drogas proporcionam um prazer momentâneo que leva o indivíduo a buscar doses cada vez maiores e mais frequentes para atingir o mesmo efeito. Esse comportamento pode desencadear doenças psiquiátricas, comprometer a capacidade produtiva e laboral, e gerar um impacto negativo nas relações sociais e familiares”, alerta Dr. Márcio.

Além das doenças crônicas associadas ao uso prolongado, como cirrose hepática e doenças cardiovasculares, o especialista enfatiza os riscos imediatos das intoxicações agudas. “O álcool, por exemplo, está diretamente ligado a acidentes de trânsito, agressões e outras formas de violência. Já as drogas estimulantes, como as anfetaminas e derivados, podem causar crises de euforia seguidas de depressão severa, enquanto substâncias alucinógenas podem provocar surtos psicóticos”, detalha.

Nos últimos anos, o uso de substâncias como o cigarro eletrônico (vape) e anabolizantes têm crescido, principalmente entre os jovens, trazendo novos desafios para a saúde pública. “O vape causa graves danos pulmonares. A testosterona, por sua vez, além de ser utilizada para ganho de massa muscular, tem efeito psicoativo e pode levar ao aumento do risco de infarto, especialmente em pessoas jovens”, alerta Dr. Márcio.

O médico enfatiza a importância da conscientização e do acompanhamento profissional para a prevenção e tratamento do uso abusivo de álcool, tabaco e outras substâncias. “É fundamental que as famílias fiquem atentas aos sinais de alerta, como mudanças bruscas de comportamento, queda no rendimento escolar ou profissional, isolamento social e dificuldades financeiras. Quanto mais precoce for a intervenção, maiores são as chances de recuperação. Além disso, é importante ressaltar que o tratamento humanizado traz grandes resultados e não deve ser feito apenas com o absenteísmo, há também estratégias baseadas em redução de danos, que também podem ser efetivas, sendo necessário a avaliação de cada caso”, orienta.

O Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo e às Drogas reforça a necessidade de políticas públicas eficazes, campanhas de prevenção e acesso ao tratamento para dependentes químicos. “O combate ao uso abusivo de substâncias passa pela educação, pelo fortalecimento das redes de apoio e pela oferta de tratamentos acessíveis e humanizados. Precisamos falar sobre isso, sem tabus”, conclui Dr. Márcio Rodrigues de Castro.

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