Colégio São Francisco Xavier estimula a reflexão sobre o meio ambiente a partir do Projeto Coleta Seletiva
Muito se fala sobre os cuidados que se deve ter com o meio ambiente e em ações para tentar recuperá-lo. E um dos pilares para o sucesso da sua recuperação é a coleta seletiva do lixo. O desenvolvimento trouxe, além de progresso, desvantagens para o meio ambiente, entre elas a geração de resíduos de sacos plásticos, caixa de isopor, latas e outros materiais que levam anos para se decompor.
Sabendo que só por meio da educação é possível formar cidadãos que se preocupem com a realidade, os professores do Colégio São Francisco Xavier criaram o projeto de Coleta Seletiva. Além de reduzir a poluição e ser uma opção a mais de renda, a coleta seletiva diminui o volume de materiais descartados e proporcionam economia de recursos naturais como madeira, água e energia.
Em um ano de Coleta Seletiva, o principal resultado colhido pelo Colégio São Francisco Xavier é a conscientização de alunos e colaboradores. De 2014 para 2015, o volume médio de resíduos gerado por pessoa no Colégio por ano baixou de 17,49 kg para 16,18 kg. Na prática, isso significou 4,54 toneladas de materiais que deixaram de serem enviadas para o aterro sanitário e 12 caçambas de entulho de obras a menos produzidas durante o período. O resultado refletiu ainda em uma economia anual de R$ 1.750 com serviços para destinação de resíduos e alugueis de caçamba para a instituição.
Para concretizar o projeto, o Colégio construiu um galpão para receber o lixo reciclável. Para não espalhar uma grande quantidade de lixeiras pela escola, o CSFX optou por manter somente dois tipos em vários pontos: para resíduos úmidos e secos. Usar as lixeiras tradicionais de coleta seletiva – vidro, plástico, papel e metal, seria um investimento muito grande, indo contra a proposta dessa iniciativa. Optamos também por usar um galpão somente e utilizando em sua estrutura materiais reaproveitados, valorizando a arquitetura sustentável, explica o professor de Química, Ulisses de Andrade Oliveira, um dos responsáveis pelo projeto.
Outra estratégia foi não utilizar panfletos como material de divulgação, uma vez que esses materiais gerariam grande quantidade de resíduos. A opção foi inserir cartazes em locais de grande circulação, potencializando a conscientização e participação de alunos, colaboradores e corpo docente. O professor destaca que o projeto integra ações mais amplas. Falamos sobre o meio ambiente, a redução do desperdício de recursos naturais e a adoção do consumo responsável.
Além dos benefícios para a preservação dos recursos naturais e para o Colégio, o projeto contribui para o voluntariado, gerando renda aos integrantes da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis do Vale do Aço (Amavale). Separados pelo auxiliar de Conservação e Limpeza Izaque de Oliveira Morais, todo o material recolhido e que pode ser reciclado é doado para a entidade, contribuindo para a melhoria de vida para 26 associados e para outros 30 catadores.