Pesquisas clínicas na FSFX: avanços que transformam o futuro da medicina

A Fundação São Francisco Xavier (FSFX) se destaca como um dos principais centros de pesquisa clínica do interior do Brasil, através do NEPEI – Núcleo de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação. Com uma equipe altamente qualificada e infraestrutura de ponta, a Instituição tem contribuído para avanços significativos na medicina, especialmente no tratamento oncológico, oferecendo aos pacientes acesso a terapias inovadoras, além de consolidar sua reputação em cenários nacionais e internacionais.

Dr. Luciano Viana – Médico oncologista, coordenador médico da unidade de oncologia do Hospital Márcio Cunha (HMC) e pesquisador responsável pelas pesquisas realizadas na FSFX.

A pesquisa clínica é uma ferramenta essencial para a evolução da medicina. Trata-se de um processo estruturado que busca desenvolver novos medicamentos e tratamentos para doenças em que as terapias atuais não se mostram suficientes. Segundo o médico oncologista, coordenador médico da unidade de oncologia do Hospital Márcio Cunha (HMC) e pesquisador responsável pelas pesquisas realizadas na FSFX, Dr. Luciano Viana, a iniciativa parte de uma necessidade assistencial. “Toda pesquisa nasce de uma carência assistencial, ou seja, o intuito principal é contribuir para o tratamento e a cura de doenças cujos medicamentos atuais, as técnicas cirúrgicas, a radioterapia ou a quimioterapia não estão sendo suficientes, explica.

Dr. Luciano enfatiza que há uma distinção clara entre pesquisas clínicas e experimentos científicos. “Os experimentos científicos se concentram em estudos preliminares, muitas vezes envolvendo animais ou laboratórios. Já as pesquisas clínicas são rigorosamente regulamentadas e voltadas para humanos”, explica o pesquisador.

O Centro de Pesquisa Clínica da FSFX já conduziu 25 estudos, incluindo pesquisas relacionadas à COVID-19 e diferentes tipos de câncer. Novos protocolos estão em fase de implantação, como estudos voltados para câncer de pulmão, endométrio e, estão em conversa para implementar pela primeira vez, em cardiologia.

Bruna Murta – Enfermeira e coordenadora de pesquisas clínicas

O impacto das pesquisas vai além do tratamento individual. “A pesquisa trouxe avanços importantes para a assistência, como capacitação das equipes, investimentos em equipamentos e visibilidade internacional. Participamos de um estudo publicado na revista médica New England, uma das mais conceituadas do mundo”, celebra Bruna Murta, enfermeira e coordenadora de pesquisas clínicas.

Atualmente, o Centro de Pesquisa Clínica da FSFX tem nove participantes ativos, que passam por diferentes fases de acompanhamento, desde a triagem inicial até o monitoramento, que pode se estender por cinco anos após o término do tratamento. Esse acompanhamento é essencial para avaliar a eficácia e a segurança das terapias.

Dr Luciano destaca, ainda, que todos os medicamentos testados já passaram por estudos pré-clínicos em animais e por fases iniciais em humanos. Além disso, as pesquisas seguem rígidos critérios de inclusão e exclusão, garantindo a segurança do paciente. “A pesquisa clínica não só oferece acesso a novas terapias, mas também garante um acompanhamento minucioso por uma equipe internacional, trazendo qualidade assistencial para os participantes e para todos os pacientes da Instituição. Os estudos clínicos realizados na FSFX seguem padrões internacionais de qualidade, sendo aprovados por comissões de ética nacionais e internacionais, como a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)”, afirma.

De acordo com o médico, os pacientes elegíveis para os estudos clínicos são selecionados com base em critérios rigorosos. “O paciente candidato a participar das pesquisas geralmente está em acompanhamento em um centro de oncologia. O oncologista avalia se o tratamento atual é suficiente ou se há estudos abertos no Brasil que oferecem a possibilidade de testar novos medicamentos, que já passaram por diversas etapas de comprovação em estudos anteriores. Nas pesquisas, o objetivo é buscar avanços na medicina, ou seja, comparar a eficácia do tratamento atual, que já é aprovado, com o novo medicamento. A escolha entre os tratamentos geralmente ocorre por randomização central, ou seja, nem o pesquisador nem o paciente decidem o grupo de tratamento. Todo o processo é regulamentado, seguro e rigorosamente controlado”, detalha.

Essas condições, como características específicas da doença ou perfil molecular do paciente, são amplamente divulgadas em plataformas nacionais e internacionais. “No Hospital Márcio Cunha, já conduzimos estudos em diversos tipos de câncer, como pulmão, mama, próstata e cabeça e pescoço. Os protocolos são padronizados, garantindo as mesmas condições de tratamento independentemente da localização geográfica do paciente”, destaca o pesquisador.

O futuro do tratamento médico 

A FSFX tem mostrado que a pesquisa clínica é uma ferramenta essencial para a evolução da medicina. Os resultados beneficiam não apenas os pacientes envolvidos nos estudos, mas também a comunidade médica como um todo, ao trazer novas possibilidades terapêuticas. “O futuro da medicina está pautado na pesquisa. Graças a ela, doenças antes sem perspectiva de cura podem ser controladas e, em alguns casos, até erradicadas. É gratificante saber que contribuímos para pacientes viverem mais e melhor, acompanharem o crescimento de seus filhos, celebrarem a vida com suas famílias”, reflete Dr. Luciano.

Com uma visão centrada na qualidade e na inovação, a Fundação São Francisco Xavier se consolida como referência em pesquisa clínica, transformando desafios em oportunidades e oferecendo esperança para um futuro mais saudável.

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