No mês em que se comemora os 21 anos da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha, algumas histórias comovem todos que, direta ou indiretamente, acompanham a rotina dos pacientes. Como forma de lembrar deste espaço, a Fundação São Francisco Xavier traz algumas histórias marcantes que inspiram outras pessoas.
Uma dessas histórias especiais que encantou várias pessoas é de Larissa Mafra e sua família. O que era para ser uma viagem feliz tornou-se um momento de tensão para toda a sua família, mas, com o passar do tempo, transformou-se em um final feliz, transmitindo uma mensagem de esperança às famílias que estão passando por situações similares.
Larissa mora em São Paulo e, em junho, veio a Ipatinga com seu esposo com a missão de trazer uma mensagem de alegria aos familiares, anunciando a sua gravidez de Valentina. Porém, o que ela não esperava era que a viagem mais aguardada do ano, que deveria ser cheia de alegria e confraternização, se tornasse momentos de tensão para a empresária, que, no sexto mês de gravidez, começou a sofrer contrações.
O susto causou muita apreensão, visto que Larissa já havia tido dois abortos espontâneos anteriormente. Com muita preocupação, ela foi encaminhada ao Hospital Márcio Cunha para receber os primeiros cuidados médicos. “Quando chegamos a Ipatinga, eu me senti mal e tive uma contração três meses antes do previsto. Imediatamente fui para o Hospital para averiguar o que estava acontecendo. Graças a Deus que nosso passeio foi em Ipatinga, pelo suporte do Hospital Márcio Cunha, que sei que é de qualidade, seria bem atendida e teria todo o amparo. E foi aí que fiquei internada até ser realizado o parto de emergência da Valentina”, conta.
Sempre focados em realizar um atendimento humanizado, os profissionais do HMC estão efetivamente preparados técnica e psicologicamente para fazer com que o paciente se sinta confortável e satisfeito nas mais diversas situações, como na experiência narrada por Larissa. “Eu estava há sete anos tentando engravidar. Meu sonho era ter um ensaio de gestante na natureza, com árvores e flores. E eu pensei que não ia conseguir. Porém, a equipe do Hospital viu o quanto isso era importante para mim e possibilitou todo esse processo. Foi aí que a fotógrafa veio, fez o ensaio e realizou meu sonho. Não importava o lugar onde eu estava, eu queria viver aquilo. Foi uma experiência que superou todas as minhas expectativas”, declara.
A humanização durante todos os processos é vivida diariamente em cada atendimento realizado pelos profissionais do Hospital, que têm experiências diferentes e criam laços com familiares e pacientes que transcendem a estrutura do hospitalar, como conta a técnica de enfermagem da UTI Neonatal e Pediátrica Lucimar Rosa, que trabalha na FSFX há mais de 25 anos. “Aqui na Neonatal, com o passar dos dias, a gente vai criando laços e desenvolvendo amizades com as famílias dos pacientes. Com o cuidado constante que temos com os recém-nascidos, os pais passam a confiar mais na gente, pois eles sabem que cuidaremos da melhor forma dos filhos deles, e isso nos deixa mais próximos, fazendo-os se sentirem seguros”, conta a técnica de enfermagem Lucimar.
Após passar pela experiência em que registrou o pré-nascimento de Valentina, Larissa viveu momentos de ansiedade, mas ao mesmo tempo de segurança. “Apesar de ser um parto emergencial, eu estava me sentindo muito segura com a equipe, que estava pronta para realizar a concepção. Foi um parto extremamente delicado, com muitas complicações, e ela nasceu prematura de trinta semanas. Com isso, nós duas ficamos internadas: Valentina na UTI Neonatal e eu na UTI adulta, por quase 60 dias. Para ela nascer, realmente foi um milagre, e nós ainda estamos vivendo esse processo”, destaca.
Devido a essa história de superação, com um misto de emoção, Larissa resolveu contar seu dia a dia aos seguidores de suas redes sociais, como uma forma de inspirá-los. “Bom, ninguém sonha em ganhar um neném e continuar no hospital, não é mesmo? Eu decidi compartilhar minha história nas redes sociais por algo muito especial, um propósito. Pois talvez elas estejam passando por um momento difícil, estando no hospital, e ver que mesmo aqui a gente pode ter alegria no Senhor e saber que Ele está cuidando de tudo, é muito bom, então esse é o propósito”, exalta Larissa.
Após o nascimento de Valentina, Larissa permaneceu no hospital para dar continuidade ao acompanhamento da prematuridade de sua filha e destacou o tratamento recebido. “O atendimento no hospital superou todas as minhas expectativas. Eu estou aqui pelo SUS, o Sistema Único de Saúde, e o atendimento é excepcional. Desde a equipe de limpeza até os médicos, todos têm uma dedicação completa conosco. Agora vou ter a Valentina de forma mais livre comigo, em casa. A equipe aqui foi essencial, mas eu realmente estava com saudade da minha família e de todo mundo. Estou ansiosa para vesti-la com todas as roupinhas que eu quiser, fazer muitas fotos e vídeos, e compartilhar essa alegria com as pessoas que tanto oraram e se dedicaram a mandar mensagens positivas para nós”, pontuou.
A UTI Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha
A unidade possui atualmente 20 leitos, sendo 15 deles neonatais e 5 leitos para atendimento pediátrico. Nos últimos 10 anos, a unidade contabilizou um índice positivo, com taxa de sobrevivência de 96% para pacientes com peso a partir de 1,5 kg. A UTI, que é referência para mais de 800 mil habitantes em mais de 35 municípios do Leste de Minas Gerais, é reconhecida pelo carinho dos profissionais que se dedicam aos cuidados especiais e humanizados aos pacientes. “Essa proximidade criada entre nós e os familiares dos pacientes é interessante, porque quando a criança ganha alta, muitas famílias trazem cartinhas de agradecimento para nós e algumas até nos convidam para ser madrinhas dos bebês”, pontua Lucimar.