Diga sim ao parto adequado

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Mãe do pequeno Lucas Gabriel, Cleidimar Crisólogo Lourenço aderiu ao parto natural e já sentiu as vantagens de uma recuperação rápida em menos de 24 horas

Os momentos que antecedem a chegada de uma criança são marcados por expectativas, felicidade, novas descobertas e também por muitas dúvidas. A falta de informações sobre a forma como o nascimento da criança será conduzido gera mitos e medos em mulheres que estão prestes a dar a luz. Por ser um momento decisivo para a construção de um vínculo duradouro, o parto precisa ser realizado com segurança e de acordo com a indicação médica. Por isso, a Fundação São Francisco Xavier, por meio do Hospital Márcio Cunha, foi selecionada para participar do Projeto Parto Adequado, uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI). Com o apoio do Ministério da Saúde, o objetivo do Projeto é identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, além de incentivar a realização do parto natural, reduzindo o percentual de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar e no sistema público.
“Nossa meta é oferecer um padrão de excelência na assistência materno-infantil, embasado em evidências científicas, promovendo e criando condições para o parto adequado. Nossas práticas foram revistas e estão sendo adaptadas de forma gradativa por serem feitas por análise e melhorias de processos”, explica Ana Rosa dos Santos, gerente de assistência do Hospital Márcio Cunha.
O incentivo ao parto normal já é realidade no HMC, que junto à Usisaúde, desenvolvem desde 2013 a campanha “Parto normal: a opção natural”, que informa sobre a importância do parto natural e suas inúmeras vantagens para a mãe e para o bebê. Outras ações repensadas e intensificadas após a adesão do hospital ao Projeto Parto Adequado são a formalização do protocolo de técnicas de indução artificial ao trabalho de parto e analgesia, para controle e redução da dor; o tratamento não farmacológico; informatização do partograma (documento gráfico onde são feitos registros de tudo o que acontece durante o trabalho de parto); realização de palestras e oficinas; incentivo de visitas hospitalares aos casais, para conhecimento do ambiente parturial; a presença das Doulas e do acompanhante durante o processo de parto, dando maior segurança à gestante, e a implantação de uma pesquisa de satisfação específica para obstetrícia.
Parto humanizado
Um grande reforço que chegou para somar à assistência de qualidade já oferecida pela equipe multidisciplinar foi à criação do ambiente único para acolher parturientes no Pré-parto, no Parto e no Pós-parto, garantindo mais cuidado e comodidade para mães e bebês que passam pelo parto natural, a partir do conceito de humanização. A chamada Sala de PPP é recomenda para parturientes de convênio com indicação de parto natural e de gestação de baixo risco, oferecendo um centro de inovações no amparo à gestante.
Segundo Juliana Bechara, gerente Materno-Infantil, a estrutura oferecida pela Sala de PPP é um diferencial importante no acolhimento, na ambientação e na garantia do bem-estar materno. “Nesse ambiente não existe a separação de mãe e filho. Toda a família pode participar desse momento especial, de acordo com a vontade da parturiente”, explica. As próximas ações do HMC para a Unidade Materno-Infantil são a reforma da Sala de Parto e a construção de mais duas salas para atender também às pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Parto natural: boa opção para a mãe e o bebê
A estimulação do parto natural é uma medida muito vantajosa e traz benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Ele diminui o tempo de hospitalização, oferece menor risco de hemorragia e infecção, estimula a boa prática do processo fisiológico, menos dor no pós-parto e contato mais rápido com o bebê.
Além de evitar problemas durante o processo, o parto natural apresenta muitos benefícios para a criança, um deles é a facilidade de respiração. “O parto normal é um processo natural e oferece maiores condições da criança nascer bem e sem complicações, já que é ela quem indica o momento mais propício para o nascimento”, explica o médico obstetra Celso Cordeiro.
A mãe de primeira viagem Tatiane de Souza Santana optou pelo parto natural para dar à luz a pequena Lívia Vitória. Poucas horas depois do parto, a mãe conta que “vale a pena fazer a escolha natural, principalmente pela rápida recuperação. Fazer os exercícios orientados pela equipe de assistência do hospital foi essencial para o alívio das dores durante as seis horas de trabalho de parto”, conta Tatiane.
Parto cesárea: uma escolha conjunta e consciente
Apesar de o parto natural ser o meio mais recomendado, em algumas situações, a cesariana pode ser necessário. Porém, esse tipo de intervenção cirúrgica deve ser indicado pelo médico e para condições específicas, e não apenas pela conveniência da mulher. “A cesariana é indicada pelo obstetra quando o parto natural não está evoluindo e em outras situações como o descolamento da placenta. Cabe ao médico especialista da paciente fazer essa indicação e avaliar a necessidade ou não da cesárea. A escolha deve se basear no parto mais adequado e seguro para cada gestante e para o bebê”, esclarece o obstetra.
Pré-natal: o primeiro ato de amor
Durante toda a gestação, a mãe Tatiane realizou o acompanhou pré-natal que teve um papel importante para a sua saúde e a da sua filha Lívia. “Os cuidados pré-natais são fundamentais para a prevenção e ou detecção precoce de patologias, tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Outro aspecto importante do pré-natal é o de orientar a futura mãe sobre o que esperar e como agir durante a gestação”, ressalta o médico.
Do pré-natal ao pós-parto, o Hospital Márcio Cunha conta com uma maternidade de alto risco e uma equipe multidisciplinar integrada para oferecer, as mamães e familiares, a melhor assistência à saúde e o apoio necessário no nascimento da criança. Em média, 500 partos são realizados por mês, assistidos por 19 médicos plantonistas e seis enfermeiras obstetras. O Hospital Márcio Cunha está hoje entre os três maiores hospitais-gerais de Minas Gerais em realização de partos.

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