A obesidade é uma doença multifatorial e cada vez mais prevalente no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019) revelam que 60,3% dos adultos no país estão com excesso de peso, o que corresponde a cerca de 96 milhões de pessoas. A maior prevalência está entre as mulheres, com 62,6% afetadas.
A obesidade resulta de uma combinação de fatores, incluindo alimentação inadequada, sedentarismo, desequilíbrios hormonais e questões emocionais. Alimentos ricos em carboidratos, gordura saturada e ultraprocessados contribuem para o aumento de peso. O sedentarismo agrava o problema, criando um desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto energético. Além disso, fatores hormonais como o desequilíbrio dos hormônios que regulam o metabolismo também resultam no excesso de peso.
Além da alimentação e do metabolismo, os fatores emocionais têm grande contribuição para essa doença. A ansiedade e a depressão desempenham um papel importante no desenvolvimento da obesidade, especialmente em adolescentes e adultos jovens, que podem recorrer à comida para lidar com o estresse emocional.
A obesidade está intimamente ligada a doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e problemas no fígado, além de dores musculoesqueléticas, especialmente na coluna, quadris, joelhos e pés. O aumento da pressão arterial na obesidade está relacionado a um aumento da resistência vascular periférica, o que gera uma dificuldade do sangue circular pelos vasos de menor calibre. Isso resulta em um aumento da pressão arterial para permitir a circulação adequada do sangue. A gordura em excesso também interfere no funcionamento da insulina, o que pode levar ao aumento da glicose no sangue e, consequentemente, ao diabetes. Além disso, a esteatose hepática, ou o acúmulo de gordura no fígado, é a principal causa de cirrose não alcoólica.
Para prevenir a obesidade, é fundamental adotar uma abordagem equilibrada. Uma alimentação balanceada, que inclua a proporção adequada de carboidratos, proteínas e gorduras, é essencial, pois dietas muito restritivas não são sustentáveis a longo prazo e podem até prejudicar a saúde. Praticar atividade física regular, com pelo menos 40 minutos de exercícios de três a quatro vezes por semana, é uma das melhores formas de combater a obesidade. Atividades simples, como caminhadas ou andar de bicicleta, são recomendadas para pessoas de todas as idades.
Nos casos em que, mesmo com uma alimentação saudável e a prática de exercícios, o ganho de peso persista, é importante buscar orientação médica para verificar se há desequilíbrios hormonais que precisam ser ajustados.
Quando se trata de dietas, a orientação individualizada é essencial. O hábito alimentar saudável é baseado no equilíbrio de proporções corretas entre a quantidade de carboidratos, proteínas e gorduras, e isso deve ser feito através de um cardápio personalizado por um profissional nutricionista ou nutrólogo. Dietas restritivas, embora ofereçam resultados rápidos, não são eficazes a longo prazo.
Para quem deseja perder peso de forma eficaz e saudável, é importante entender que o emagrecimento é um processo gradual, que exige foco e determinação. Não se ganha peso da noite para o dia, e a perda de peso também deve ser realizada de forma consistente e sustentável.
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