Aumento dos casos de catapora no país alerta para a urgência da vacinação

Baixa cobertura vacinal no Brasil tem causado surtos da varicela nas grandes cidades. Saiba como se prevenir

 

A varicela, também conhecida como catapora, é uma infecção viral comum no Brasil, com mais de 150 mil casos por ano, segundo o Ministério da Saúde. Causada pelo vírus Varicela-Zóster, essa enfermidade pode acometer pessoas de todos os perfis e idades, por ser facilmente transmissível de um indivíduo a outro. Apesar de mais comum entre crianças, adultos não vacinados e que nunca tiveram a doença podem desenvolver a catapora, se houver contato com o vírus.

O número de casos no Brasil tem aumentado nos últimos meses, sobretudo em alguns centros urbanos, que registraram surtos em 2022. Conforme levantamento da prefeitura da cidade de São Paulo, os casos aumentaram 65% no último ano, em comparação com 2021. De acordo com o documento “Observa Infância” (Fiocruz/Unifase), um dos principais fatores para o crescimento é a baixa cobertura vacinal contra a enfermidade: atualmente abaixo de 50% da população-alvo.

Para as crianças, geralmente é um quadro benigno e autolimitado. Em adolescentes e adultos, porém, pode ser mais grave, com sintomas intensos e prolongados, além de riscos elevados. Por isso, é fundamental conhecer como acontece a transmissão e as formas de prevenção.

 

Transmissão e sintomas

A catapora é transmitida pelo contato com a saliva ou com secreções de um paciente acometido pela doença. Pela facilidade da sua propagação, contaminando objetos e superfícies, recomenda-se a quem está infectado que evite lugares públicos por pelo menos duas semanas, enquanto durarem os sintomas.

Os primeiros sintomas podem ser parecidos com os de uma gripe comum, incluindo febre, mal-estar, indisposição e dor de cabeça. Entre um e dois dias surgem os sinais mais caraterísticos: as manchas vermelhas por toda a pele, que se desenvolvem para pequenas bolhas com secreção.

Em poucos dias, a secreção escurece e as bolhas começam a secar e cicatrizar, o que causa muita coceira. No entanto, não é indicado mexer ou coçar essas lesões, pois podem acabar causando uma infecção na pele.

Quando acometida por adolescentes e adultos, a varicela ainda pode manifestar sintomas como cefaleia, anorexia e crises de vômito, que podem durar horas ou até três dias.

Imunidade e riscos

Quem já teve catapora, em algum momento da vida, possui imunidade. Porém, indivíduos com a capacidade imunológica comprometida, como pessoas em tratamento da AIDS ou quimioterápico, podem ser contaminadas novamente.

Além disso, vale ressaltar que, depois de contrair o Varicela-Zóster, o vírus permanece incubado no organismo, podendo ser reativado e se desenvolver para um quadro de Herpes Zóster, popularmente conhecida como cobreiro.

Confira os principais riscos e complicações associadas à catapora, nos casos severos ou sem tratamento adequado:

  • Encefalite: inflamação aguda do sistema nervoso central, que acomete o cérebro e é potencialmente fatal;
  • Pneumonia;
  • Infecções na pele e ouvidos.

Ainda vale destacar que a catapora durante a gravidez pode causar risco de malformação nas primeiras semanas de gestação, além de outras complicações graves. Por isso, pessoas infectadas não devem ter contato com gestantes, recém-nascidos ou qualquer indivíduo com a imunidade baixa.

 

Tratamento e prevenção

Não há medicamento específico para cura da catapora. O tratamento costuma ser feito com a prescrição de analgésicos e antitérmicos para aliviar a dor e a febre. Em alguns casos, também pode ser feito o uso de antialérgicos para amenizar a sensação de coceira. Também é recomendada a limpeza constante das lesões, com água e sabão apenas, e uso de compressas frias para alívio da coceira.

Vale ressaltar que a automedicação nunca deve ser feita. Em caso de sintomas, consulte um médico para obter o diagnóstico correto e o tratamento mais adequado.

Para se prevenir, o Ministério da Saúde recomenda lavar bem as mãos após contato com as lesões, além do isolamento de pacientes infectados e desinfecção de objetos e superfícies contaminadas.

A melhor forma de prevenção é com a vacina contra a varicela, indicada para todas as pessoas com mais de um ano de idade. O imunizante é contraindicado para gestantes, imunossuprimidos e pessoas que apresentaram reações adversas a algum componente da vacina. Ela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), para crianças de 4 a 6 anos, e no serviço privado, para todas as idades.

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