Como conversar sobre sexualidade com o seu filho

Ainda hoje, muitas mães e pais têm dificuldades em conversar sobre sexualidade com seus filhos, seja por medo, timidez ou bloqueios internos de diversas naturezas. O fato é que o tema continua a ser um tabu na sociedade, embora seja senso comum de que se trata de um diálogo necessário e inevitável. Afinal, principalmente na puberdade, o adolescente passa por uma fase de transformação emocional e física em que os níveis de hormônios estão bem elevadas. A falta de conhecimento sobre a prática sexual, portanto, o expõe a diversos riscos, como gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis e abusos. Para facilitar essa missão, trouxemos algumas dicas que poderão ser úteis.

  • Sexo é saudável e faz parte da natureza humana

O primeiro passo é compreender que o sexo é uma necessidade humana e deve ser vivenciado de forma responsável, prazerosa e realizadora. Se for conduzido de maneira equilibrada, o sexo só traz benefícios para o corpo e a mente.

  • Quando conversar sobre sexo com seu filho?

Atualmente, os adolescentes iniciam a vida sexual cada vez mais cedo e, evidentemente, sem a maturidade necessária. Também sabemos que as primeiras perguntas sobre sexualidade começam a surgir ainda na primeira infância. O importante é que, desde o nascimento, a criança se sinta em um ambiente familiar de confiança e enxergue em você um conselheiro, amigo, porto seguro, e não um juiz pronto para julgá-la e condená-la diante de qualquer pergunta considerada “inadequada”. Dessa forma, comece a conversar sobre sexualidade com seu filho tão logo ele lhe faça uma pergunta a esse respeito ou quando você começar a perceber certo interesse da criança por assuntos relacionados a sexo.

  • Não se precipite

Durante o desenvolvimento, a criança e o adolescente descobrem novas nuances sobre seus corpos, como as transformações físicas, e o prazer que o próprio toque pode proporcionar. Trata-se de um processo que leva alguns anos e, portanto, não há necessidade de “adiantar” certas informações. Responda às perguntas que seu filho fizer com honestidade, mas limite-se estritamente à pergunta, sem extrapolá-la.

  • Não minta e não subestime seu filho

Para estabelecer um canal de comunicação pautado pela confiança, é essencial dizer a verdade e responder às perguntas de seus filhos sem alegorias e sem tentar “infantilizar” a questão. Uma vez que a criança sente que você a trata com respeito e sinceridade, ela se percebe valorizada e tende a ficar cada vez mais à vontade com você para discutir tais assuntos. Por outro lado, se ela descobrir que você mentiu diante de algum questionamento ou a subestimou, essa relação de confiança pode se quebrar e ela passará a procurar outra (s) pessoa (s) para elucidar suas dúvidas.

  • Não faça imposições; dê conselhos

O ato de proibir remete a uma autoridade baseada na hierarquia familiar e fragiliza a relação de amizade. A sua experiência deve servir como base orientadora para a criança e para o adolescente, mas não como modelo inflexível a ser seguido. A sexualidade de uma pessoa é muito particular e cabe ao seu filho, com responsabilidade e conhecimento que você ajudou a construir, decidir como vivenciá-la.

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