A importância do cuidador no atendimento domiciliar e promoção da saúde

Conteúdo atualizado em 07/03/2022

Tempo de leitura: 6 minutos

O cuidador é um profissional que exerce atividades imprescindíveis para promover a saúde e qualidade de vida de pessoas debilitadas. Trata-se de uma pessoa que executa ações relacionadas aos cuidados básicos de vida de um paciente, e assim contribui para o bem-estar de quem precisa de cuidados não especializados.

Os cuidadores são profissionais com ou sem vínculo familiar, capacitados e preparados para desenvolver cuidados específicos e atenção à saúde, participando da rotina diária do paciente e oferecendo apoio nas atividades de vida diária, fortalecendo a qualidade de vida e proporcionando autonomia e confiança ao paciente.

Nesse sentido, o cuidador exerce um papel importante no atendimento e tratamento da saúde de idosos, pessoas acamadas ou com limitações.O cuidador pode atuar tanto em atendimentos residenciais quanto nas instituições de longa permanência, com suporte personalizado, ou seja, de acordo com o quadro de saúde do paciente.

Mas afinal, qual a importância de contar com o cuidador? Continue lendo e veja tudo sobre a profissão e porque é importante contar com esse profissional!

O que faz um cuidador?

Dentre as funções mais frequentes estão os cuidados diários com o paciente, proporcionando conforto e cuidados com a higiene, alimentação e administração de  medicamentos conforme prescrição médica..

Em outras palavras, o cuidador é responsável por amparar o paciente em domicílio e contribuir para a promoção e melhora da qualidade de vida. Além de promover o auxílio nos tratamentos, estimular o autocuidado, atividades de vida diária, e tarefas que são importantes para a saúde do paciente.

Quais são as principais funções do cuidador?

É fundamental que o cuidador esteja sempre a postos para quando o paciente precisar, além de ajudar na identificação de possíveis agravos, sinais e sintomas. É importante que o paciente se sinta capaz e motivado a realizar algumas atividades para preservação da autonomia. 

Algumas funções do cuidador:

  • Auxiliar na higiene diária
  • Ajudar e estimular o paciente a se alimentar
  • Dar suporte na locomoção e atividade física
  • Estimular as atividades ocupacionais
  • Mudar o paciente de posição, prevenindo as lesões por pressão
  • Administrar as medicações, de acordo com a prescrição médica
  • Promover cuidados de saúde prescritos pela equipe multidisciplinar assistente do paciente;

Dentro dessas descrições, existe um desdobramento de atividades que ampliam o trabalho de um cuidador e mostram toda a sua importância. Na higiene diária, por exemplo, sempre que possível, o cuidador deve estimular o paciente a cuidar de si, em situações simples como escovar os dentes, pentear os cabelos, sempre amparando de perto.

As pessoas acamadas passam muito tempo deitadas e se permanecerem por muito tempo na mesma posição, é propício a desenvolver lesões por pressão. Esse é um ponto de atenção do cuidador, que deve realizar mudanças de posição no máximo a cada 2 horas.

Com o tempo, o cuidador passa a ser para o paciente uma figura imprescindível, no entanto, é preciso prevenir para não se acostumar a fazer tudo pelo paciente e deixar de instigar sua autonomia, mesmo que, dependendo do paciente, sejam pequenas ações, devido às limitações do momento.

Qual a diferença entre o cuidador e os profissionais da enfermagem?

Apesar de serem profissões importantes e semelhantes em alguns pontos, existem diferenças entre o cuidador de idosos e auxiliares/técnicos de enfermagem. Além do nível de formação, as atividades que cada profissional exerce também são distintas.

Como vimos até aqui, os cuidadores são responsáveis por acompanhar e ajudar o paciente nas tarefas diárias, tratamentos e estimulando independência e qualidade de vida.

Apesar do papel do cuidador poder ser exercido por um familiar, ser cuidador também pode ser uma profissão regulamentada, que tem atuação exclusiva com o amparo e promoção da qualidade de vida dos idosos.

Por outro lado, os auxiliares e técnicos de enfermagem atuam de forma mais abrangente e realizam tarefas mais complexas, como administração de medicamentos intravenosos, curativos dentre  outros, em ambiente domiciliar ou hospitalar.

Dessa forma, são profissionais que exercem funções técnicas, principalmente relacionadas aos cuidados clínicos e que, precisam ter registro no Conselho da Classe (COREN) para exercer a profissão.

Quais tipos de pacientes exigem um cuidador?

Determinadas fases da vida e condições de saúde exigem cuidados específicos e contínuos, inclusive, durante o cotidiano em casa. Para isso, o cuidador é o profissional capacitado para oferecer os cuidados necessários para diversas condições.

Idosos

Os idosos são um dos principais pacientes atendidos pelos cuidadores, seja apresentando complicações clínicas, limitações físicas ou não. São pessoas que necessitam de apoio para realizar atividades básicas, auxiliar nos tratamentos e ter melhor convívio social.

Pessoas acamadas

Outro tipo de paciente atendido em domicílio por um cuidador são as pessoas acamadas, seja devido a acidentes ou doenças. Nesse caso, o profissional tem um papel essencial para manter as funções e necessidades básicas, contribuindo para a preservação e recuperação da saúde.

Pessoas com limitações físicas

A limitação física é um fator que dificulta ou impede que o paciente realize atividades comuns, como ir ao banheiro, se alimentar, entre outras. Por isso, a presença de um profissional cuidador é um apoio imprescindível nas funções comuns no dia a dia.

Qual a importância de um cuidador?

Como vimos até aqui, o cuidador tem funções indispensáveis para promover a saúde e qualidade de vida de diferentes tipos de pacientes. Sendo assim, é um apoio que garante atenção especial, com cuidados específicos, de acordo com o quadro clínico de cada pessoa.

Dessa forma, o cuidador tem uma responsabilidade importante no tratamento de indivíduos que apresentam limitações de atividade de vida diária. Seu trabalho garante atendimentos eficazes e todas as condições para essas pessoas terem uma vida melhor.

Além disso, contar com um profissional cuidador contribui para ter respostas mais rápidas em casos de emergências, evitando que as situações se agravem. Sobretudo, com ações que promovem um acompanhamento contínuo e preventivo, fatores essenciais para a saúde. 

O cuidador, com seu conhecimento técnico e capacidade de amparo, é imprescindível no atendimento domiciliar, considerando que nem sempre a família está preparada para lidar com as necessidades de um paciente idoso ou acamado.

Nesse contexto, o cuidador contribui no tratamento e na qualidade de vida dos pacientes, desenvolvendo uma profunda relação de confiança. A intimidade faz com que o profissional se torne cada vez mais próximo e necessário, na visão do paciente.

Quem cuida do cuidador?

O cuidador é acima de tudo alguém com uma vida paralela, que vivencia situações pessoais, por isso, deve investir no autocuidado. Para cuidar do outro, é preciso estar bem, física e mentalmente, caso contrário, a saúde pode ficar comprometida. 

Assim como estimula o paciente a se relacionar e viver em sociedade, o cuidador deve buscar meios de se preservar e não adoecer de uma hora para outra. Praticar atividade física, definir compromissos sociais, passar mais tempo com a família, são práticas recomendáveis na vida de um cuidador. 

Como você pode notar neste artigo, o papel do cuidador é muito importante para promover a saúde dos pacientes de uma forma abrangente, mas é também de grande importância que o cuidador se cuide, para manter uma assistência de qualidade ao paciente.. Gostou do post? Agora que você entendeu mais sobre o cuidador, o que acha de conhecer um plano ideal para toda a sua família? Não perca tempo e veja sobre o plano Usifamília!

Referências:

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HOSPITAIS PRIVADOS. Manual de Atenção Domiciliar. Disponível em: <https://www.neadsaude.org.br/wp-content/themes/nead/nead-digital/Manual-de-Atencao-Domiciliar-ANAHP-NEAD/index.html#p=2>. Acesso em: 27 Set. 2021.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual para Cuidadores de Idosos. 2014. Disponível em: <http://www.iamspe.sp.gov.br/wp-content/uploads/2017/01/Manual-cuidadores.pdf>. Acesso em: 27 Set. 2021.

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). Guia do cuidador de pacientes acamados – Orientações aos pacientes. 2010. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//guia-do-cuidador-de-pacientes-acamados-2010.pdf>. Acesso em: 27 Set. 2021.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Prático do Cuidador. 2008. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf>. Acesso em: 27 Set. 2021.

Pinto EA, Silva DDA, Santos RM, Trezza MCSF. Necessidades de cuidados expressas pela família que possui um acamado no domicílio. 2011. Disponível em: <http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/viewFile/383/174>. Acesso em: 27 Set. 2021.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO. Atendimento domiciliar melhora a qualidade de vida de pacientes acamados. 2021. Disponível em: <https://www.novohamburgo.rs.gov.br/index.php/noticia/atendimento-domiciliar-melhora-qualidade-vida-pacientes-acamados>. Acesso em: 27 Set. 2021.

SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS. Cuidar melhor e evitar a violência – Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. 2008. Disponível em: <http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_manual/12.pdf>. Acesso em: 27 Set. 2021.

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