Número de mortes pela doença no Brasil em 2022 é o maior em seis anos. Entenda a importância da prevenção e como fazê-la
O verão é a estação mais quente e chuvosa do ano, uma combinação propícia para a multiplicação do mosquito transmissor da dengue: o Aedes Aegypti. O momento exige atenção redobrada para evitar água parada acumulada em locais abertos, removendo os focos de reprodução do inseto, que ainda pode transmitir outras doenças, como chickungunya, febre amarela e Zika.
O Boletim Epidemiológico de 2022, do Ministério da Saúde, revelou dados preocupantes sobre a dengue no Brasil: o número de mortes pela doença foi 4 vezes maior do que em 2021. Os dados deixam toda a área médica do país em alerta, visto que depois de dois anos de redução, as mortes por dengue voltaram a subir.
Os números apontam para a urgência de se prevenir contra a doença, especialmente neste verão, período em que o mosquito transmissor da dengue possui clima e ambiente ideais para reprodução. Isso acontece, porque o Aedes Aegypti precisa de água parada para depositar os seus ovos.
Transmissão
O vírus da dengue é transmitido para o ser humano pela picada da fêmea do Aedes Aegypti infectada. Após a fase de incubação, o vírus pode ser transmitido para outras pessoas que forem picadas pelo mesmo inseto. Por isso, é essencial eliminar os focos de reprodução do mosquito, evitando a sua proliferação.
Vale ressaltar que o vírus não é transmissível de uma pessoa para outra, exceto casos de transmissão vertical, ou seja, de uma gestante para o seu bebê ou por meio de transfusão sanguínea.
Sintomas
A infecção pelo vírus da dengue pode se desenvolver de forma assintomática, leve ou grave. Ela é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, com quadros que podem variar, inclusive levar a óbito.
Os sintomas mais comuns são:
- Febre alta;
- Dor de cabeça;
- Dor nas articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Perda de apetite;
- Surgimento de manchas avermelhadas pelo corpo.
O primeiro sintoma a se manifestar costuma ser a febre alta, que dura de 2 a 7 dias, normalmente acompanhada de fraqueza e dores no corpo. A fase febril da dengue é difícil de diferenciar de outras doenças comuns. Por isso, é fundamental buscar atendimento médico em casos de suspeita.
Complicações
Quando não há o devido acompanhamento médico, a infecção por dengue pode causar graves quadros de saúde. Os casos graves de dengue são caracterizados por sangramento, disfunções de órgãos ou extravasamento de plasma.
Além disso, ainda há o risco de choque circulatório, que acontece quando um volume crítico de plasma é perdido pelo extravasamento. Ele ocorre habitualmente entre o 4º e o 5º dia – no intervalo de 3 a 7 dias de doença – e geralmente é precedido por sinais de alarme.
Vale lembrar que mulheres grávidas, crianças e pessoas mais velhas (acima de 60 anos) têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença. Os riscos também aumentam quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros sorotipos.
Prevenção
A melhor forma de combater a dengue, assim como outras arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos e insetos), é por meio da prevenção. O ideal é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
Conheça alguns cuidados simples no dia a dia que podem ajudar a combater a dengue:
- Eliminar água armazenada em pneus, garrafas, vasos de plantas, recipientes pequenos e piscinas sem uso e manutenção;
- Fazer a troca da água dos animais de estimação diariamente;
- Utilizar roupas que reduzem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos;
- Usar repelentes, inseticidas e mosquiteiros como rotina diurna e noturna da família.
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