Esclerose múltipla: Entenda a importância do diagnóstico precoce

Tempo de leitura: 5 minutos.

A descoberta de uma doença neurológica como a esclerose múltipla pode causar verdadeira mudança na vida de uma pessoa. Por se tratar de uma doença sem cura, quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor o tratamento. 

Os cuidados preventivos e o acompanhamento médico regular são o melhor caminho para evitar o desencadeamento da doença. É preciso atentar aos fatores de risco e possíveis sinais de desenvolvimento da condição que afeta e muito a qualidade de vida. 

Mas, o que é a Esclerose múltipla (EM)? Neste post você vai entender melhor sobre a doença, suas causas, sintomas e tratamento. Continue lendo e veja a rotina e a necessidade de cuidados de pacientes com EM!

O que provoca esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, crônica (de longa duração) e autoimune, provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos (na condição, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central e provocam danos cerebrais e medulares).

Regiões como cérebro, tronco cerebral, nervos ópticos e medula espinhal, são os alvos preferenciais da doença. Uma das características mais acentuadas é desmielinização —comprometimento da mielina, substância que reveste os neurônios  e protege os impulsos nervosos, resultando nos chamados surtos.

É importante dizer que a Esclerose Múltipla afeta, especialmente, pessoas jovens, entre 20 e 40 anos com maior predominância em pessoas do sexo feminino.

Como a esclerose múltipla afeta o sistema nervoso?

A desmielinização é um processo inflamatório que causa escleroses e compromete a função de proteção do tecido, acarretando incapacitações neurológicas de forma gradativa. Os sintomas, dos mais brandos aos mais agressivos, variam de pessoa para pessoa, resultando em alterações que podem ser cognitivas ou neurológicas. 

Entre os principais sintomas e agravamentos da doença estão: 

  • fadiga, fraqueza ou cansaço;
  • dormência ou formigamentos;
  • dor ou queimação na face;
  • visão turva, visão dupla ou perda da visão;
  • tonturas e desequilíbrios;
  • retenção ou perda de urina;
  • problemas de memória, perda de atenção;
  • alterações do humor, depressão ou ansiedade;
  • perda da força muscular, espasmos, dificuldade para nadar, rigidez muscular.

Quais os fatores que desencadeiam a doenças neurodegenerativas como a esclerose múltipla?

A EM tem causas desconhecidas, mas é possível que uma combinação entre a predisposição genética e os fatores ambientais, desenvolvam gatilhos que potencializam o surgimento e desenvolvimento da doença, como: 

  • tabagismo;
  • obesidade;
  • exposição prolongada ao sol;
  • infecções virais;
  • exposição ao solventes orgânicos.

Quais os tratamentos mais atuais para esclerose múltipla?

Como a doença não tem cura, o tratamento vai ajudar a diminuir as ocorrências dos surtos e conter seu avanço, como do nível de incapacidade, por exemplo. Enquanto os corticosteróides reduzem a intensidade dos surtos, os imunossupressores e imunomoduladores criam espaço maior entre esses episódios.

Como viver com a esclerose múltipla?

Além da intervenção medicamentosa, as terapias complementares entre fisioterapias e atividades psicomotoras ajudam a estimular a autonomia e melhorar a capacidade. Com isso, é possível perceber uma mudança favorável na autoestima e autoconfiança, bem como a aceitação e entendimento que, diante da falta de cura, é possível ter qualidade de vida mesmo com a EM.

Como deve ser a assistência aos portadores de esclerose múltipla?

Inicialmente, a pessoa com sintomas suspeitos deve ser avaliada por seu médico clínico, que encaminhará ao neurologista conforme a necessidade, a fim de firmar seu diagnóstico.

O primeiro passo depois do diagnóstico é contar com o acompanhamento médico para início do tratamento. Apesar da EM afetar o sistema nervoso central, não é considerada uma doença mental, portanto o paciente afetado tem plena consciência sobre os fatos. 

Dentro dessa condição é possível ter uma vida normal, considerando o avanço dos tratamentos, entre medicamentos e terapias. É preciso seguir as orientações médicas e evitar ao máximo os gatilhos que estimulam os surtos.

Uma equipe multidisciplinar de saúde pode ser efetiva para criar uma estrutura de cuidados físicos e emocionais que ajudem o paciente com Esclerose Múltipla a lidar com a nova condição de saúde — reeducação alimentar, atividade física e psicológica são essenciais para uma maior qualidade de vida.Gostou do post? Que tal aproveitar a visita para saber o que é e qual a importância dos hábitos de autocuidado!

 

Referência:

AGÊNCIA BRASIL. Diagnóstico precoce evita sequelas em casos de esclerose múltipla. 2021. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-08/diagnostico-precoce-evita-sequelas-em-casos-de-esclerose-multipla>. Acesso em: 22 Out. 2021

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCLEROSE MÚLTIPLA (ABEM). O que é Esclerose Múltipla (EM). Disponível em: <https://www.abem.org.br/esclerose-multipla/o-que-e-esclerose-multipla/>. Acesso em: 22 Out. 2021

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ). Esclerose Múltipla: sintomas, origem e tratamento. Disponível em: <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/sintomas-origem-e-tratamento>. Acesso em: 22 Out. 2021

MINISTÉRIO DA SAÚDE. “Eu me conecto, nós nos conectamos”: 30/5 – Dia Mundial da Esclerose Múltipla. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/eu-me-conecto-nos-nos-conectamos-30-5-dia-mundial-da-esclerose-multipla/>. Acesso em: 22 Out. 2021

MINISTÉRIO DA SAÚDE. O que é Esclerose Múltipla e quais suas causas e sintomas?. 2016. Disponível em: <https://aps.bvs.br/aps/o-que-e-esclerose-multipla-e-quais-suas-causas-e-sintomas/>. Acesso em: 22 Out. 2021

SECRETARIA DE SAÚDE DA CIDADE DE SÃO PAULO. Esclerose múltipla: conheça os tratamentos complementares disponíveis na rede pública da capital. 2021. Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/noticias/?p=312867>. Acesso em: 22 Out. 2021UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. 2020. Disponível em: <https://www.hc.ufu.br/noticia/dia-nacional-conscientizacao-sobre-esclerose-multipla>. Acesso em: 22 Out. 2021

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